30 de abr. de 2011

DEFESA: A SHORT-LIST DO MMRCA



AUTOR: FRANCOORP

Caros amigos, segundo a DECCAN CHRONICLE vemos que o MMRCA entra em sua reta final onde dois são os finalistas, o Rafale e o  EF-2000. E vemos também que a pròpria SAAB ja admitiu a DERROTA e desqualificação na concorrência, juntamente com todos os outros concorrentes.

Ja a algum tempo eu postava por ai que o Rafale tinha grandes possibilidades na competição Indiana, e agora as minhas lógicas dedutivas são confirmadas, o Rafale entra na Final e ainda por cima como Favorito!!!

Isso significa muitas coisas para nós brasileiros, principalmente no caso de que seja realmente o Rafale o escolhido na Índia, se isso se confirmar teremos mais algumas centenas de unidades encomendadas desta aeronave o que aumenta a escala de produção e baixa os custos de compra e manutenção, nesta ultima devido ao maior numero de peças de reposição e componentes varios. Esta é uma lei da produção industrial e do capitalismo, quanto maior a produção menor o custo, e quanto maior a oferta do produto no mercado menor o preço.

Veja abaixo uma minha analise postada no Cavok em 02/02/2011, que confirma os meus raciocínios a respeito:



Link: Cavok

E para o nosso FX2 brasileiro, ao contrario do que alguns torcedores dizem por ai, uma vitória na Índia traz  implicações profundas, técnicas e sérias para o nosso programa de re-equipamento das forças armadas.

Primeiro tem o caso que se o Rafale for mesmo o escolhido da IAF, deveria também ser o escolhido da FAB, pois assim a nossa força contaria com a operatividade da aeronave em três grandes forças aéreas, e contando assim com varias centenas de aeronaves, por exemplo as encomendas do Rafale pela França é oficialmente de 286 Unidades, a Índia poderia encomendar mais 126 unidades, e o Brasil inicia com 36 e se DEUS QUISER e os POLITICOS DEIXAREM iremos para as tão badaladas 120 unidades no FX2... isso mata a pau a concorrência, e o melhor de tudo é que seria próprio um caça acusado de não vender pra ninguém que faria isso, matando a cobra e mostrando o pau!!!



O ponto agora é saber se o Governo Federal do Brasil vai escolher antes dos Indianos baterem o martelo... por mim deveria fazer antes, pois assim aumentando ainda mais as chances do Rafale vencer na Índia e também ir aumentando a luz destes fatores positivos para todos os envolvidos no programa Rafale aos olhos dos indianos.

Um dos pontos mais interessantes de toda essa concorrência da Índia é que eles escolhem os equipamentos militares de acordo com sua capacidade real de combate, testada por eles mesmo visando suas prioridades, riscos de embargos, sendo que isso minaria a capacidade de resistência do país, tudo isso pois, ao contrario do Brasil, os Indianos tem inimigos reais à sua volta, inimigos armados e potentes, que não pensariam duas vezes antes de cancelar-los do mapa. O que demonstra que cometer erros na escolha do melhor equipamento na defesa nacional pode custar caro, principalmente erros de escolha política, o que vemos que a Índia a muito tempo não comete tais erros, onde a política escolhe o que é melhor para a defesa nacional, naquele país sem aval dos militares que testam as capacidades das plataformas e armas a política não escolhe, o que evidencia as capacidades dos dois finalistas, o Rafale e o EF-2000, e demonstrando também que o Brasil acertou em colocar o Rafale no páreo, pois se não tivesse capacidade de defender os indianos em guerra real não entraria de nenhuma forma na "Finalissima", nem mesmo com pressão de Lobbystas.

Mas a Índia não é uma nação isolada do mundo, somente que os políticos escolhem depois dos militares, e de agora pra frente vemos que contará muito a Geo-política e a barganha, as compensações e a geração de empregos, a transferência de tecnologia e a nacionalização de componentes, e principalmente OS PRECEDENTES dos fornecedores com a Índia, e neste quesito vemos que a França parte disparada na frente graças aos Mirage 2000 que combateram pesadamente nas terras do Kashimir(na província de Kargil) e agora estão sendo modernizados mesmo com a Índia possuindo já um caça nacional na mesma categoria, o Tejas, isso sim é  UM BOM PRECEDENTE!! Poderiam abandonar os Mirage 2000 e investir os 1,2 Bilhão de Euros na produção do Tejas que ja foi homologado, mas decidiram continuar com os Mirage operativos por mais algum tempo, e lembramos que o Rafale possui semelhanças de utilização com os caças Mirage 2000 na parte de manutenção, como disseram as fontes da IAF à Deccan Chronicle. Os franceses também tem ótimas relações diplomáticas com a Índia, muitos investimentos na area civil, mas em valores absolutos menores que os concorrentes da Grã Bretanha, isso vai fazer a disputa ficar cada vez mais acirrada nos bastidores...



Outro ponto interessante é que os indianos não medem esforços econômicos para defender seu povo de qualquer ameaça que seja, vemos que preferem pagar altos custos na variedade dos meios do que ficar contando "moedinhas" para baixar os custos de manutenção e operatividade e inventando novas doutrinas para padronizar tudo e ficar na mão de um único fornecedor, mesmo porque se perdem uma guerra para nação inimiga não existe mais o que os políticos justificarem, então melhor investir agora do que tentar remediar.

 Eu pessoalmente prefiro o modelo de defesa aérea indiano ao nosso neste ponto vista da economia, pra mim deveríamos ter um caça leve derivado de um projeto nacional (Eles tem o Tejas), um caça médio em joint-venture, que a essa altura deveria ser o mesmo que o deles, e um caça pesado de um outro fornecedor, com os acordos muito parecidos com o que eles tem com os Russos sobre as plataformas da familia Sukhoy. E lembro aqui que o PIB indiano é menor que o nosso, mas eles investem muito mais, isso é uma questão de vontade política nada mais!!!

Outra grande lição que temos a aprender com a Índia é a questão de reduzir os riscos de embargos de armas dos fornecedores, certo que os custos aumentam , mas se com uma economia menor que a nossa eles conseguem, nós também podemos.... a Índia tem a decisão estratégica de variar os fornecedores militares para reduzir o impacto de embargos contra os seus interesses estratégicos, esta mentalidade e posição firma poderia muito bem ser adotada pelo Brasil também, onde quem embargou ou cometeu algum desvio de conduta conosco ficaria completamente fora das nossas forças armadas. O ponto é que pra isso serve um tipo de arma que os Indianos possuem, as armas nucleares, pois sem elas em nossos depósitos cobrindo os nossos "Não" fica difícil poder resistir à pressões ou até mesmo a ameaças, até mesmo que dos chamados "Países Amigos".


Mas o que pode realmente significar esta decisão é o FIM DO PROJETO DO GRIPENNG, pois se este projeto não emplaca rapidamente ficará muito difícil encontrar um país financiador para que o projeto termine, e se isso não fosse o bastante, tem o fator que este país que entre de cabeça no programa será também o primeiro comprador que da respiro à um inicio de linha de produção na Saab, sendo que nem mesmo a Suécia decidiu entrar completamente no programa pois vemos que estão procurando "Parceiros" por todos os lados, e nem mesmo existe uma previsão de encomenda deste modelo para a sua Força Aérea... e encomendas são fundamentais para que possa manter um preço mínimo razoável e a verdadeira  implantaçào do projeto, e de conseqüência ser competitivo no mercado internacional, o que não será fácil vendo que em sua categoria a concorrência é grande com os F-16, J-10, J-17, e possivelmente até mesmo o Tejas dentro de algum tempo, se é que esta já não foi a primeira derrota do GripenNg para o Tejas... a refletir.

Se a treinada e moderna Força Área da Índia recusou o programa GripenNG, outras forças não deixarão de considerar isso em sua contas... pois todos os países do mundo observam com muito cuidado o que se passa nestes meios militares de escolha de plataformas da armas, o que pode dificultar as coisas para o programa GripenNG.



Quanto aos demais concorrentes vemos que seguem suas vidas, o MIG-35 ainda pode ser o ponto de referencia para a modernização dos MIG-29, mesmo que vender MIG-35 novinho em folha parece ser improvável pelos próximos anos, mas alguns cliente dos 29 poderiam muito bem escolher a substituição completa da frota pelos 35.

O programa do F-18 ja está no fim da vida, e foi um sucesso de produção, mas tem mais a realidade de que em breve será completamente substituído pelos F-35, e o programa ja deu o que tinha que dar, mesmo que seja muito aquém as exportações do modelo em comparação com o mercado interno, que conta com a USNavy. E a escolha das suas turbinas para o Tejas foi decisiva para a sua desclassificação, pois como vimos antes, o fornecedor na mentalidade de defesa indiana deve ser variado, e aqui o fornecedor já possui um contrato muito grande e estratégico na defesa aérea da Índia.

O F-16 também não tem muitas ambições para o futuro, às exceção de algumas exportações que ainda poderiam aparecer por ai, principalmente na América Latina onde vemos que os F-5 estão cada vez mais velhos e cansados... e o F-16 ja teve uma linha de produção magnífica e até hoje vemos que estes vetores são espetacularmente bem aceitos e válidos nas forças aéreas do mundo todo, mas é fim de carreira pra ele também, os F-35 visam pegar o seu lugar por ai muito em breve.

Vemos que com esta decisão da Short List Indiana quem arrisca o pescoço mesmo é o GripenNG que tem muitas pretensões para o futuro, e entre os caças que disputam o nosso FX2 ele era o mais badalado na mídia popular, virando até mesmo uma espécie de bandeira da liberdade e de oposição ao governo, e vemos que no fim, em um país que se preocupa realmente com a sua segurança nacional e que deve vencer inimigos reais, fortes e potentes, nada disso que a mìdia-BR falou contou realmente, ficando a verdadeira capacidade de combate a prevalecer, e também demonstra a todos que a estrada fica cada vez mais escura para esse programa, e a luz no fim do túnel ainda não brilhou... se é que vai brilhar um dia, ficamos a conferir!! Melhor raciocinar do que cair na presa dos pregadores de ódio por ai!!

Bem, agora é esperar o resultado final, POIS AINDA NAO ACABOU, e se a Índia escolher o EF-2000 o Brasil poderia ficar sozinho com Rafale, o que não é nada negativo vendo que este vetor conseguiu chegar na reta final da MMRCA superando os outros dois rivais de FX2, o F-18 SH e o GripenNG, é moderno, testado em combate, e temos ainda por cima uma aleanza estratégica com o seu paìs fabricante, o que melhora a coisa como um todo, e se é pra ter poder de fogo real e escapar dos sólitos e contínuos embargos em mudança de Lua por ai, melhor que venha o Rafale mesmo que seja somente entre nós e a França a operar-los.

E hoje o mundo sabe que depender de potências hegemonicas como os USA e Russia pode custar muito caro para sua segurança, assim nações emergentes passam a ver com bons olhos as potências de média grandeza, como a França e a Grà Bretanha, mesmo porque com estas nações "menores" o poder de barganha dos emergentes é maior do que com os gigantes... o mundo está realmente mudando, e vemos que pra melhor!!

Valeu!!
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