AUTOR: FRANCOORP.
PASTA: DEFESA. (Acima nos Cabeçalhos)
TIPO:TEXTO
Muitos colegas ainda falam do FX2 como se fosse somente a escolha de aeronaves para a FAB, mas não é bem assim, a escolha é diretamente valida para a MB também... muito diretamente!!
No ano de 2010, ano em que muitos, eu inclusive, acreditávamos que seria a reta final para o FX2, o Ministério da Defesa lançou uma portaria normativa (regulamenta normas internas das forças) em que ligava definitivamente a escolha do FX2 à MB, mudando completamente o foco do programa, e fez tudo isso de forma OFICIAL e formal.
Assim todo o discurso mudou do dia para a noite, mudou tanto que ainda hoje em 2011 muitos ainda não conhecem esta normativa, continuando com os discursos e planejamentos como se a escolha fosse somente para a FAB, alguns inclusive prospectam uma aeronave para a FAB e outra para a MB, coisa completamente fora da realidade atual... assim trago aos senhores este novo foco para que possam informar-se melhor e conjecturar novas propostas e teorias dentro destas novas informações, onde o caça que a FAB for operar sera também operado pela MB, até segunda ordem obviamente.
A parte que mais interessa da Normativa ao Programa FX2 é curta, direta e concisa, e transcrevo abaixo para que os senhores tenham acesso à consulta:
GABINETE DO MINISTROPORTARIA NORMATIVA No-1.065/MD, DE 28 DE JUNHO DE 2010Aeronaves de Caça: Comando da Aeronáutica1. Coordenar a aquisição de aeronaves de caça F-X2 para a FAB e a MB, nas quantidades, prazos e de acordo com os requisitos operacionais estabelecidos para cada Força Singular.2. Coordenar a terceirização dos serviços de manutenção de 3º nível para a FAB e a MB, que deverão gerenciar seus respectivos contratos.3. Coordenar a aquisição de forma centralizada do armamento aéreo de uso comum da FAB e da MB.4. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado (DA), nos moldes dos já existentes, para concentrar os pedidos e o armazenamento de itens para a FAB e a MB.5. Iniciar estudos para o desenvolvimento de caça nacional, de 5ª geração e múltiplo emprego, em versões tripulada e não tripulada, com possibilidade de parceria com empresa estrangeira, respeitadas as diretrizes da END quanto à capacitação da indústria nacional,que atenda aos requisitos operacionais da FAB e da MB.6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.Numero: 1065 de 2010Data: 28/06/2010Status: VigenteTipo de ato: Portaria NOrigem: GAB MINEmenta: Aprovar a Diretriz para a coordenação de programas e projetos comuns às Forças Armadas, na forma do Anexo a esta Portaria Normativa.Indexação:DIRETRIZ PARA A COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS COMUNS ÀS FORÇAS ARMADASObservação:PUBLICADA EM 30 DE JUNHO DE 2010, DOU N. 123, S. 1, P. 20/22
Assim vemos que não somente a compra e operatividade da aeronave do FX2 esta ligada diretamente entre as duas forças, mas que também a logística, manutenção, depósitos, mas tudo enfim!!
Qualquer suposição ao de fora desta normativa é ilusão e fuga da realidade do programa FX2, estas são as ordens oficiais, tudo deve ser realizado dentro desta normativa.
Existem certamente pontos escuros nisso tudo, como o silencio a respeito do FX2 por parte da Marinha do Brasil, pois sabemos que somente a FAB esta no centro do furação midiático do FX2, e a Marinha passa por tudo isso praticamente isenta e sem opinião direta sobre o programa... talvez seja até melhor assim, pois este programa já gerou conflitos e manipulações midiáticas Lobbystas de mais para se ter ainda mais uma corporação imersa nessa lama.
Seria mesmo assim interessante ver a Marinha no meio disso tudo, pois como sabemos a MB ficou famosa por dar respostas diretas, precisas e concisas às tentativas dos Lobbys Midiáticos de “Criar o Caso” e lucrar com a discórdia, ódio politico e doutrinamento que espalharam por ai... seria interessante ver o posicionamento decidido da MB na Novela FX2, podendo trazer novas informações ao conhecimento do programa, sendo que a MB não é isenta ou neutra nisso tudo, alias muito pelo contrario, ela é absolutamente dentro do Programa, pois desse FX2 derivara o seu próprio vetor nos Porta-Aviões previstos na PEAMB... e são Dois Porta-Aviões carregados de FX2 navalizados!!
Coloco agora à disposição dos senhores leitores a Portaria Normativa N° 1.065/MD de forma integral para os colegas e visitadores contemplarem, pois este documento é muito importante para a defesa nacional, e não fala somente de FX2, mas aborda vários níveis militares e programas de armas, como padronização da força de Helicópteros, armas leves, Blindados, etc... e passou quase que despercebida pelos aficionados em defesa pela internet em Sítios, Fóruns e Blogs. No final do texto dou ainda mais um pitaquinho...
Ai vai o texto de forma integral, apresentado pelo “Legislador”, figura que passei a colocar em todos os textos relacionados com direito e legalidade aqui no Blog, um pouco de descontração faz parte da vida... boa leitura, e aqui procuro sempre informar o leitor, seja com textos claros e verídicos, como no caso das leis, que com documentários vários... mas agora vamos ao que interessa nesta postagem e boa leitura a todos:
O Legislador:
GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA NORMATIVA No-
1.065/MD, DE 28 DE JUNHO DE 2010
Dispõe sobre a Diretriz para a coordenação
de programas e projetos comuns às Forças
Armadas.
O MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, no uso das atribuições
que lhe confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da
Constituição Federal e tendo em vista o disposto no art. 1o do Anexo
I ao Decreto no 6.223, de 4 de outubro de 2007, resolve:
Art. 1o Aprovar a Diretriz para a coordenação de programas
e projetos comuns às Forças Armadas, na forma do Anexo a esta
Portaria Normativa.
Art. 2o Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de
sua publicação.
NELSON A. JOBIM
ANEXO
DIRETRIZ PARA A COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E
PROJETOS COMUNS ÀS FORÇAS ARMADAS.
O propósito da presente Diretriz é estabelecer instruções para
a implementação das ações relativas a programas e projetos comuns
às Forças Armadas afetos ao Plano de Articulação e Equipamento da
Defesa (PAED), em consonância com o estabelecido na Diretriz Ministerial
no 0015/2009, de 09 de novembro de 2009 - Coordenação de
Programas e Projetos Comuns às Forças Armadas.
Como parâmetros de planejamento, observadas as especificidades
e as peculiaridades de cada Força Armada, deverão ser
consideradas: a Política de Mobilização Nacional, as Diretrizes Governamentais
de Mobilização Nacional, as prioridades e os ditames
estabelecidos pela Estratégia Nacional de Defesa (END), a cooperação
entre as Forças Singulares, a economia de recursos, a racionalidade
administrativa e a integração estratégica e de sistemas.
Na execução dos trabalhos resultantes da presente Diretriz
haverá a participação de um integrante do Ministério da Defesa (MD)
dentro de cada um dos temas coordenados pelos Comandos das Forças
Singulares.
Os resultados dos trabalhos deverão ser encaminhados a este
Ministério até 30 de outubro de 2010.
Os temas e as respectivas coordenações são os seguintes:
Implantação de Unidades Aéreas em Organizações Militares
Compartilhadas: Comando da Aeronáutica
1. Considerar que o compartilhamento de unidades aéreas de
helicópteros poderá ocorrer em organizações militares das três Forças
Singulares.
2. Estudar a implantação de Unidades Aéreas de Helicópteros,
elaborando projetos preliminares das novas unidades aéreas e
instalações de apoio, que possibilitem o compartilhamento nas áreas
de alimentação, saúde, segurança, alojamentos e manutenção de aeronaves
de asas rotativas, viaturas, armamento e demais equipamentos
de emprego militar.
3. Estabelecer um cronograma conjunto das atividades de
instalação, privilegiando a implantação inicial em uma base-piloto,
que atenda à disponibilidade de recursos das três Forças Singulares.
Cooperação na Área de Atendimento Hospitalar: Comando
do Exército
1. Estudar as ações redundantes de instalação e adequação de
Organização Militar de Saúde (OMS) de duas ou mais Forças Singulares,
verificando a viabilidade ou não de instalações conjuntas.
Dentro desse estudo, destinar especial atenção para:
a - a viabilidade de implantação de uma única OMS que
atenda às necessidades dos efetivos da Marinha, na região de Itaguaí/
Campo Grande/RJ, e do Exército e Aeronáutica, em Santa
Cruz/RJ;
b - a possibilidade do Hospital Militar de Manaus atender
aos militares da Marinha, enquanto se analisa a conveniência da
construção de um novo Hospital Naval naquela cidade;
c - a possibilidade da OMS da Aeronáutica, em Boa Vista/
RR, atender, após a sua adequação, aos militares do Exército,
evitando os custos adicionais para a implantação de um novo Hospital
do Exército naquela cidade;
d - a viabilidade de implantação de uma única OMS que
atenda à Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqdt) e ao 1o
Grupo de Transporte de Tropa (1o GTT), após as suas transferências
para a região Centro-Oeste; e
e - a possibilidade do Hospital de Guarnição de Florianópolis/SC atender, após a sua adequação, aos militares da Marinha e
da Aeronáutica, evitando o dispêndio de recursos para a construção
de novas OMS naquela cidade.
2. Propor a compatibilização das legislações de assistência
médico-hospitalar das Forças Armadas.
3. Identificar e apresentar as necessidades de investimento
para a redução do hiato tecnológico e estrutural das OMS e na
carência de recursos humanos especializados, que são as principais
causas de encaminhamentos da assistência médico-hospitalar dos Serviços
de Saúde das Forças Armadas.
4. Propor um redimensionamento do pessoal militar e civil,
assim como dos materiais e equipamentos das OMS que atuarão na
cooperação mútua e integrada.
5. Estudar a viabilidade de integrar todo o cadastro dos
beneficiários da assistência médico-hospitalar das Forças Armadas às
OMS, de forma a permitir flexibilidade no atendimento médico-hospitalar,
quando se fizer necessário.
6. Propor uma padronização da regulamentação do atendimento
à saúde e do cadastro dos beneficiários não contribuintes dos
Fundos de Saúde das Forças Armadas.
7. Apresentar uma proposta de padronização e normatização
da cobrança de indenizações devidas, provenientes dos atendimentos
realizados.
8. Propor uma padronização de honorários e indenização,
procedimentos, medicamentos e materiais na atual tabela do MD.
9. Elaborar um plano de referência e contra-referência inter-
Forças na área de saúde, dentro das disponibilidades de oferta de
atendimento das Forças Singulares, nas guarnições em que ocorrer o
apoio mútuo.
10. Propor a criação de novos centros de excelência médica
em guarnições em que haja deficiência nesta categoria de OMS, que
sejam comuns às três Forças Singulares, priorizando-se as áreas de
média e alta complexidade e diagnóstico por imagem.
11. Propor a implementação da telerradiologia de forma integrada
para as Forças Armadas, dentro das disponibilidades de oferta
de atendimento das Forças, nas guarnições em que ocorrer o apoio
mútuo, com a finalidade de atender à demanda crescente de encaminhamentos
em imagiologia.
12. Centralizar na Força Aérea o apoio de evacuação aeromédica,
inclusive Unidade de Terapia Intensiva (UTI), inicialmente
para a Região Amazônica, estendendo-se, posteriormente, para outras
regiões.
13. Coordenar a programação das Operações de Ação Civicossocial
(ACISO), realizadas pelas Forças Armadas em todo o
território nacional, de forma a proporcionar uma melhor distribuição
de atendimentos, além de minimizar o dispêndio de recursos públicos.
Compartilhamento de Infraestrutura de Apoio entre a Agência
Fluvial da Marinha do Brasil (MB) e a Companhia de Embarcações
do Exército, em Tefé: Comando da Marinha
1. Propor um estudo de implementação da Infraestrutura de
Apoio a ser compartilhada pelas Forças Singulares.
2. Estabelecer um cronograma conjunto de instalação que
atenda ambas as Forças Singulares.
Compartilhamento de Infraestrutura entre o 1o Grupo de
Transporte de Tropa e a Brigada de Infantaria Paraquedista: Comando
do Exército
1. Propor o local para onde serão transferidos a Bda Inf Pqdt
e o 1o GTT.
2. Estudar a implantação de um complexo de instalações
militares que englobe totalmente as estruturas da Bda Inf Pqdt e do 1o
GTT com o compartilhamento nas áreas de alimentação, saúde, segurança,
alojamentos e manutenção de viaturas, armamento e demais
equipamentos de emprego militar.
3. Estabelecer um cronograma conjunto das atividades de
instalação que atenda a disponibilidade de recursos do Exército e da
Aeronáutica.
4. Verificar a conveniência de se estabelecer uma única responsabilidade
patrimonial sobre o imóvel.
5. Verificar a conveniência da centralização da administração
financeira, de forma a se fazer uma gestão única de recursos na futura
área compartilhada.
Formação Centralizada de Pilotos de Asa Fixa: Comando da
Aeronáutica
1. Propor um incremento no aporte de recursos logísticos que
possibilitem à Academia da Força Aérea (AFA) o aumento da disponibilidade
de aeronaves para instrução, assim como o de pilotos instrutores.
2. Estudar a viabilidade de criação de uma Unidade de instrução
aérea destinada exclusivamente à formação de pilotos militares
que não os da própria Força Aérea Brasileira (FAB), em razão do
sensível aumento previsto de pilotos navais e do acréscimo (histórico)
de oficiais-aviadores de Nações Amigas cursando a AFA.
3. Programar curso de formação de pilotos de aeronave multimotores
para oficiais da MB em unidade de formação da FAB, de
acordo com a data de recebimento das aeronaves embarcadas, AEW
e/ou COD/REVO, informadas pela MB.
4. Formalizar Termos de Cooperação entre a FAB e a MB à
medida que surjam novas demandas de formação de pilotos navais de
asa fixa geradas pelo Plano de Articulação e Equipamento da Marinha
do Brasil (PAEMB).
Pistas de Pouso: Comando da Aeronáutica
1. Ampliar o compartilhamento de experiências da FAB e do
Exército Brasileiro (EB), na área de construção, de modo a otimizar
a aplicação dos meios de cada Força Singular.
2. Dotar, à luz do PAED, os aeródromos de desdobramento
para Unidades da FAB de condições (dimensões da pista e do pátio de
estacionamento; equipamentos de comunicação e de aproximação por
instrumentos; paióis; depósito de combustível; e área para instalação
de Esquadrão Móvel de Apoio) para operação de aeronaves de alta
performance.
3. Prever a construção e manutenção de pistas de pouso nos
Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) constantes do PAED, bem
como nos Destacamentos de Fronteira.
Estruturação dos Colégios Militares para atendimento à Articulação:
Comando do Exército
1. Estudar a criação de novos Colégios Militares, que atendam
às necessidades das Forças Singulares surgidas em decorrência
da implantação de novas organizações militares previstas no PAED.
2. Estudar a viabilidade de restabelecimento do turno integral,
de forma a se disponibilizar mais vagas no Sistema Colégio
Militar (SCM), atendendo às necessidades das demais Forças Singulares.
3. Estudar a viabilidade de ampliação do Ensino a Distância
(EAD), aproveitando-se a experiência exitosa do Colégio Militar de
Manaus, visando ao atendimento aos dependentes de militares das
demais Forças Singulares.
Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT): Comando da Aeronáutica
1. Propor um programa de desenvolvimento e obtenção conjunta
de VANT, atendendo às especificidades de cada Força Singular.
2. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
dos VANT no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA), de forma a se buscar a harmonização dos requisitos avaliados,
respeitando-se as especificidades de cada Força Singular e de
outros operadores.
3. Desenvolver, em conjunto, tecnologias para o gerenciamento
das informações e para o guiamento das aeronaves.
4. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre o emprego de VANT
(doutrina) e para o compartilhamento de desenvolvimentos tecnológicos,
que sejam passíveis de serem utilizados nos diversos projetos
desse tipo de material.
5. Desenvolver uma metodologia de compartilhamento, pelas
Forças Singulares, das informações obtidas durante o emprego dos
VANT.
6. Regulamentar o emprego de VANT quanto à coordenação
e ao uso do espaço aéreo, pelas Forças Armadas e outros operadores,
tanto em atividades de Preparo como de Emprego.
7. Propor as medidas de integração e coordenação do emprego
de VANT, pelas Forças Singulares, em Operações Conjuntas.
8. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o sistema de catalogação da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), o Sistema OTAN de Catalogação (SOC), viabilizando
uma linguagem uniforme de identificação de materiais, em
âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.
9. Desenvolver um programa conjunto de formação de recursos
humanos.
10. Considerar que as Forças Singulares deverão apresentar
ao MD uma proposta de localização dos seus VANT estratégicos,
com base nas Hipóteses de Emprego e suas prioridades.
Mísseis: Comando da Aeronáutica
1. Propor os projetos de mísseis e componentes de interesse
das Forças Armadas que serão desenvolvidos conjunta ou singularmente.
2. Estudar e, se conveniente, propor a criação de um sistema integrado de aquisição e controle de itens logísticos que atenda às
Forças Singulares, bem como avaliar e propor a distribuição do impacto
orçamentário entre as mesmas, conforme as necessidades logísticas.
3. Propor as prioridades dos projetos de interesse comum,
bem como a unificação dos processos de aquisição e de desenvolvimento.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Buscar uma forma integrada de captação e gerenciamento
de recursos provenientes de outros órgãos, levando-se em conta os
interesses de desenvolvimento da indústria nacional.
Blindados: Comando do Exército
1. Propor um programa de obtenção conjunta de blindados,
atendendo às especificidades de cada Força Singular.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre blindados, incluindo
os seus empregos doutrinários, e para o compartilhamento de desenvolvimentos
tecnológicos, que sejam passíveis de ser utilizados
nos diversos projetos deste tipo de material.
3. Orientar a obtenção de blindados, levando em conta que a
demanda das Forças Singulares, em face de eventual pulverização de
fornecedores, poderá comprometer a continuidade desejada na produção
de Material de Emprego Militar (MEM).
4. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional dos blindados das três Forças Singulares no Centro de
Avaliações do Exército (CAEx), de forma a se buscar a harmonização
dos requisitos avaliados, respeitando-se as especificidades de cada
Força Singular.
5. Estudar a viabilidade de integração da Logística de blindados
das três Forças Singulares, aproveitando as experiências adquiridas
pelo Exército no tocante aos procedimentos logísticos e ao
gerenciamento das Funções Logísticas de Suprimento e Manutenção
de blindados.
6. Estudar a viabilidade de concentração da capacitação de
recursos humanos das três Forças Singulares, seja na área operacional
ou na de manutenção, em estabelecimentos de ensino do EB.
7. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado,
visando ao pronto atendimento de itens de suprimento
para a manutenção de blindados de origem estrangeira.
8. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Aeronaves de Caça: Comando da Aeronáutica
1. Coordenar a aquisição de aeronaves de caça F-X2 para a
FAB e a MB, nas quantidades, prazos e de acordo com os requisitos
operacionais estabelecidos para cada Força Singular.
2. Coordenar a terceirização dos serviços de manutenção de
3º nível para a FAB e a MB, que deverão gerenciar seus respectivos
contratos.
3. Coordenar a aquisição de forma centralizada do armamento
aéreo de uso comum da FAB e da MB.
4. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado
(DA), nos moldes dos já existentes, para concentrar os
pedidos e o armazenamento de itens para a FAB e a MB.
5. Iniciar estudos para o desenvolvimento de caça nacional,
de 5ª geração e múltiplo emprego, em versões tripulada e não tripulada,
com possibilidade de parceria com empresa estrangeira, respeitadas
as diretrizes da END quanto à capacitação da indústria nacional,
que atenda aos requisitos operacionais da FAB e da MB.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Helicópteros: Comando da Aeronáutica
1. Avaliar e, se for o caso, propor a implantação de um
centro conjunto de instrução básica de pilotos e mecânicos de helicópteros
para as Forças Armadas, com implementação a partir de
2020.
2. Desenvolver um projeto de aquisição de um único modelo
de helicóptero de instrução para as três Forças Singulares.
3. Desenvolver um projeto conjunto de modernização dos
helicópteros Esquilo, observadas as especificidades de cada Força
Singular, que resulte em um contrato que abranja um número maior
de aeronaves, visando à economia de recursos e à otimização dos trabalhos.
4. Estudar a implementação, a partir de 2014, de sistema de
manutenção de 3º nível contratada (terceirizada), bem como de sistema
de suprimento único, com fornecimento via depósitos especiais
existentes, para as aeronaves EC-725 da FAB, do EB e da MB.
5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Embarcações Anfíbias e Lanchas de Combate: Comando da
Marinha
1. Propor um programa de obtenção conjunta para os meios
existentes que atendam à MB e ao EB.
2. Verificar se os requisitos dos meios já previstos de serem
adquiridos para uma Força Singular atendem às necessidades da outra.
3. Propor melhorias e alterações nos projetos dos meios já
existentes, a fim de torná-los adequados às necessidades operacionais
e logísticas de ambas as Forças Singulares.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Efetuar a análise dos Requisitos Operacionais, de Concepção
e de Obtenção dos meios ainda não existentes, de modo a
atenderem ambas as Forças Singulares.
6. Propor um cronograma físico-financeiro comum, que atenda
às necessidades de ambas as Forças Singulares, de acordo com as
prioridades a serem definidas pelo MD.
Equipamentos de Visão Noturna: Comando do Exército
1. Propor um programa de obtenção conjunta de Equipamentos
de Visão Noturna (EVN), concentrando esforços de aquisição
em empresas nacionais que participam dos processos de pesquisa e
desenvolvimento destes equipamentos ou que tenham o potencial de
fabricá-los. No caso de aquisição no mercado externo, padronizar
procedimentos, criando mecanismos de coordenação e controle únicos
para as três Forças Singulares.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre EVN, incluindo os
seus empregos doutrinários, e para o compartilhamento de desenvolvimentos
tecnológicos ocorridos que sejam passíveis de serem
utilizados nos diversos projetos deste tipo de equipamento.
3. Promover a integração das três Forças Singulares na pesquisa
e desenvolvimento de EVN, por intermédio de seus órgãos de
ciência e tecnologia, e realizar parcerias com empresas brasileiras
para a produção destes equipamentos com tecnologia nacional.
4. Estudar a viabilidade de criação de um Laboratório Nacional
de Optoeletrônica, com a participação de integrantes das três
Forças Singulares, da iniciativa privada e dos institutos de Ciência e
Tecnologia, para a pesquisa de tecnologias críticas, desenvolvimento
e fabricação, em pequena escala, de componentes empregados nos
EVN, mísseis e áreas afins, militares ou não.
5. Estudar a viabilidade de harmonização dos requisitos técnicos
e operacionais dos EVN, respeitando-se as especificidades de
cada Força Singular, e de unificação do seu processo de avaliação.
6. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de EVN.
7. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação de
materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Armas Portáteis: Comando do Exército
1. Formular um programa de obtenção conjunta de armas
portáteis, após a compatibilização dos requisitos operacionais e técnicos
de cada armamento e seus acessórios, que atendam as especificidades
de cada Força.
2. Priorizar as aquisições em empresas nacionais com reconhecida
experiência na produção de pistolas, fuzis e outros armamentos
portáteis.
2. Promover a integração das três Forças Singulares na pesquisa
e desenvolvimento de acessórios para armas portáteis.
4. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional do armamento portátil das Forças Singulares, incluindo
seus acessórios, em um único órgão, de forma a se buscar a harmonização
dos requisitos avaliados.
5. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de armas portáteis.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Armas Leves: Comando do Exército
1. Formular um programa de obtenção conjunta de armas
leves (arma anticarro, morteiros leve e médio) e suas respectivas
munições, que atendam às especificidades de cada Força Singular,
priorizando as aquisições de produtos nacionais.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre armas leves, incluindo
os seus empregos doutrinários.
3. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional das armas leves em um único órgão, de forma a se
buscar a harmonização dos requisitos avaliados.
4. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de armas leves.
5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
Simuladores: Comando da Marinha
1. Propor um programa de desenvolvimento e obtenção dos
simuladores de interesse comum às três Forças Singulares.
2. Efetuar um levantamento de objetivos comuns, análise de
viabilidade e integração de simuladores entre as três Forças Singulares.
3. Propor um padrão comum de Arquitetura para o desenvolvimento/
aquisição de simuladores, a fim de garantir a integração
na troca de informações entre os mesmos.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Estimular a contínua promoção do conhecimento mútuo
na área de simulação entre as três Forças Singulares.
6. Aprofundar o relacionamento com as Universidades e outras
Instituições no país e no exterior, com vistas a capacitar os
recursos humanos necessários.
7. Buscar o domínio de tecnologias não existentes no país.
8. Apresentar as necessidades de modernização/manutenção
dos simuladores existentes.
Sistemas de Detecção: Comando do Exército
1. Definir quais os projetos de radares, equipamentos de
comunicações e componentes das Forças Armadas que serão desenvolvidos
e produzidos conjunta ou singularmente.
2. Estudar a viabilidade de implantação de um sistema integrado
de aquisição de radares, equipamentos de comunicações e
componentes de uso comum pelas Forças Singulares.
3. Planejar a integração dos sistemas de detecção e destes
com os sistemas de transmissão de dados e de comunicações, em uso
ou em desenvolvimento pelas Forças Singulares.
4. Desenvolver uma metodologia de compartilhamento das
informações obtidas pelos sistemas de detecção.
5. Planejar, de forma integrada, o desdobramento permanente
de sistemas de detecção nas áreas prioritárias da fronteira terrestre,
das estruturas críticas e da plataforma continental.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
PUBLICADA EM 30 DE JUNHO DE 2010, DOU N. 123, S. 1, P. 20/22
Link para acessar diretamente este Documento Oficial do Ministério da Defesa:
Realmente é muito importante este documento né... até dos misseis fala... muito interessante mesmo!!
E eu gostei demais desta parte dos Helis, explica muita coisa e apaziguaria muita polemica por ai:
Helicópteros: Comando da Aeronáutica1. Avaliar e, se for o caso, propor a implantação de umcentro conjunto de instrução básica de pilotos e mecânicos de helicópterospara as Forças Armadas, com implementação a partir de2020.2. Desenvolver um projeto de aquisição de um único modelode helicóptero de instrução para as três Forças Singulares.3. Desenvolver um projeto conjunto de modernização doshelicópteros Esquilo, observadas as especificidades de cada ForçaSingular, que resulte em um contrato que abranja um número maiorde aeronaves, visando à economia de recursos e à otimização dos trabalhos.4. Estudar a implementação, a partir de 2014, de sistema demanutenção de 3º nível contratada (terceirizada), bem como de sistemade suprimento único, com fornecimento via depósitos especiaisexistentes, para as aeronaves EC-725 da FAB, do EB e da MB.5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordocom o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificaçãode materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.
Esta claro que este documento não foi “construído” pelos políticos, não conseguiriam fazer isso sozinhos sem conselho e consultória direta dos militares, é obvio que foram os militares que fizeram este documento, pois é muito detalhado, claro, preciso, e direto, pois diz onde, o que, e que coisa deve ser feita... o velho e bom raciocínio logico e planificador dos militares de alta patente, talvez seja por isso que os militares e o ministro Jobim vão tanto de acordo, cada um faz a sua parte, os militares fazem o estudo e o projeto inteiro, e no fim o Ministro entende o que os militares querem dizer precisamente, entao ele ratifica o projeto dos militares e consegue explicar para os colegas políticos e para o presidente o que é o programa e o seu impacto na sociedade, na economia, no sistema Brasil, etc... pois o Jobim esta a muito tempo na politica e fala o politiques muito bem, coisa que os militares teriam serias dificuldades em fazer, pois é realmente uma outra língua, e as prioridades são diferentes nos olhos dos políticos, e o Jobim parece muito pratico em convergir as duas prioridades, as civis com as dos militares... não foi por nada que continuou no cargo!!!
Fica claro que a decisão é politica mas o que decidem foi realizado claramente pelos militares, pois os políticos não tem a menor idéia do que é uma OMS, um SOC, EVN e assim por diante... mas vai sempre aparecer alguém pra usar isso de forma politica e caluniosa... no fim são eles que perdem credibilidade em em fazer isso, e não as forças armadas.
Valeu e muito obrigado pela visita, se gostou deste trabalho peço que deixe a sua posição através de um comentário.
Valeu!!
Eles seguem a Lei e a ordem, siga você também ou eles farão justiça: