Autor: Reuters
Campanha. Chávez discursa em ato eleitoral em Caracas
Mais do que escolher os 167 novos membros da Assembleia Nacional – única instância parlamentar de um país que extinguiu o Senado, em 1999 -, os venezuelanos devem mostrar o grau de polarização da vida política do país até as eleições presidenciais de 2012, às quais Chávez já se lançou como candidato, apesar de sua popularidade, que já foi de 75% em 2006, não passar hoje de de 44%, segundo o Datanálisis.
Atualmente, quase todos os parlamentares venezuelanos são chavistas. A oposição boicotou as eleições legislativas, há cinco anos, pregando a abstenção e acusando a Justiça eleitoral do país de fraude. Agora, mudou sua estratégia e espera conquistar entre 57 e 50 cadeiras. Um avanço como esse tiraria de Chávez a maioria de dois terços e o obrigaria a negociar ou apostar ainda mais na radicalização.
O líder venezuelano sabe que, se perder o controle do Legislativo, seu plano socialista “começará a desmoronar”, como ele mesmo disse na sexta-feira, em um comício eleitoral em Caracas. “É preciso manter a hegemonia para, assim, garantir a continuidade da gloriosa revolução bolivariana”, disse Chávez.
O teste eleitoral que se aproxima voltou a polarizar as opiniões de analistas e eleitores. Os que veem em Chávez um líder socialista e carismático ressaltam o fato de ele ter participado e vencido três eleições presidenciais. Líder de uma tentativa de golpe de Estado, em 1992, ele resistiu a outro movimento golpista em 2002.
Vitórias. Seu partido saiu vitorioso em duas eleições regionais, controla 17 dos 24 Estados venezuelanos e governa 80% das cidades do país. Até mesmo o direito de disputar um número ilimitado de eleições foi garantido por plebiscito, nas urnas, sob a chancela de observadores internacionais independentes (mais informações na página 21).
No entanto, o extenso currículo eleitoral não é, por si só, garantia de que exista uma democracia plena na Venezuela. Ao contrário, a oposição acusa Chávez de afastar-se cada vez mais do modelo democrático, atacando a liberdade de imprensa e a independência dos poderes, perseguindo juízes, prendendo opositores e sindicalistas, arruinando a economia e permitindo que o país bata todos os recordes de insegurança – o número de assassinatos pulou de 4 mil, em 1999, para 16 mil, em 2009.
“Eleições não são o único termômetro da democracia. É preciso saber como Chávez construiu o cenário que permitiu que ele garantisse todas essas vitórias”, disse ao Estado Carlos Correa, do Centro de Direitos Humanos e Liberdade de Expressão da Universidade Andrés Bello, de Caracas. “Por outro lado, não se pode dizer que atitudes, como a tomada pela oposição há cinco anos, boicotando uma eleição parlamentar, seja algo correto sob o que consideramos uma democracia saudável.”
Na Venezuela, não há debates eleitorais televisionados nem horário eleitoral gratuito. Como ferramenta de propaganda, o governo usa o fato de parte da imprensa privada ter apoiado o golpe de 2002 para cassar concessões, criar leis que impedem a publicação de notícias negativas e negar entrevistas aos jornalistas locais ou estrangeiros.
Nas raras vezes em que é confrontado por uma pergunta crítica, Chávez esquece o assunto em debate e passa a atacar a imprensa de forma geral e, invariavelmente, o jornalista com quem está falando.
“Qualquer um que fale contra o governo é imediatamente classificado como traidor e lacaio do império americano. A estratégia do governo tem sido a de radicalizar cada vez mais, criminalizando a oposição, como se não houvesse alternativa honesta ao que temos hoje”, disse Correa.
Nosso comentário:
Viu so, de ditador o cara não tem nada, se fosse ditadura não teria que responder à vontade popular nas urnas, ele é somente mais um populista latino americano... se perder as eleições para presidente ou a renovação que acontece de 2 em 2 anos ele vai embora do poder e basta, e se perder eleições para o parlamento ele fica com o poder reduzido... tendo diminuídas as chances de vencer a próxima eleição presidencial.
Mas infelizmente para a nossa cultura e busca da verdade, existem os velhos "Peões" que acreditam em tudo o que a mídia ocidental diz, sendo usados psicologicamente no jogo pelo consenso político internacional, onde a verdade nunca aparece na mídia, somente as manipulações.
O cara esta vacilando, fracassou em todos os sentidos, e a vida de seu povo não melhorou. Ja falei isso antes, ele deveria ter copiado e implantado de fato algumas nossas leis, tais como a 8666 para as compras e licitações do governo sem ter que fazer tudo por via de "amizades" empresariais e corrupção, ou a 9784/99 processo administrativo, a 8112/90 que regulamenta o funcionalismo público, e principalmente a 8429/92 que trata da Improbidade administrativa(incapacidade administrativa- mas ele mesmo cairia nela!) entre outras... e ainda que todos sejam concursados, e não colocados na máquina pública como se fosse a casa da mãe joana... a Venezuela é agora exatamente como era no Brasil nos idos de 80-90, ele tinha que ter consertado esse calcanhar de Aquiles que é a competência da máquina administrativa, mas não fez nada, alias fez somente festa, e agora esta ai com medo do juízo popular...
E ainda bem que a Venezuela é uma democracia, onde o povo poderá mudar tudo com as eleições que se aproximam... e se não fosse uma democracia o povo deveria aceitar tudo sem ter a possibilidade de mudar as coisas... mas graças à verdade dos fatos democráticos o momento do voto esta chegando e o Chavez está se borrando!
Valeu!!
FRANCOORP.