20 de set. de 2010

Odebrecht cria empresa de gestão na área de Defesa

Sociedade com empresas ligada ao Sivam e de irmão de Mercadante planeja participar de projetos de modernização das Forças Armadas





Autor: André Vieira

O grupo Odebrecht criou uma empresa para administração de negócios na área de Defesa. A intenção da recém-criada companhia Copa Gestão em Defesa é participar dos programas de modernização das Forças Armadas brasileiras – que poderá incluir desde o projeto do sistema de gerenciamento de controle aéreo na costa brasileira, em estudo pela Marinha, como a construção de navios-patrulhas de proteção das plataformas que exploram o petróleo da camada do pré-sal.




A empresa, que será controlada pelo grupo Odebrecht, terá dois sócios minoritários: a Atech, uma empresa de tecnologia criada por executivos para fazer a integração do Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), e a Penta Prospectiva Estratégica, que tem a participação de Oswaldo Oliva Neto, irmão do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), candidato ao governo de São Paulo. Coronel reformado, Oliva Neto ocupou até 2007 o cargo de chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos (NAE) da Presidência da República, depois transformado em ministério, após a saída do ex-ministro Luiz Gushiken do governo Lula.



A Copa Gestão em Defesa representa outro passo da Odebrecht no campo da Defesa. Em junho, o grupo firmou acordo com a EADS Defence & Security para formação de uma joint venture, no qual a empresa europeia - que controla na área civil a fabricante de aviões Airbus - possa tanto vender como transferir tecnologia para as áreas de Defesa e segurança.
No fim de 2008, a tradicional empreiteira já tinha sido escolhida pelo governo brasileiro - sem licitação - para ser a empresa brasileira responsável com a francesa DCNS pela montagem de quatro submarinos convencionais e um quinto submarino de propulsão nuclear – projeto avaliado em quase 7 bilhões de euros (cerca de R$ 16 bilhões), que engloba também a construção de um estaleiro e uma base naval para a Marinha.


Roberto Simões, executivo que ficou à frente da criação da Santo Antônio Energia, empresa que participa da construção de uma hidrelétrica no Rio Madeira, conduziu a formação da nova empresa de gestão na área de Defesa. A Odebrecht Plantas Industriais e Participações (OPIP) será a companhia do grupo à frente da Copa Gestão em Defesa.
Sócios minoritários da Odebrecht
Formada principalmente por engenheiros, a Atech nasceu em 1997 como uma fundação responsável pela integração do sistema do Sivam depois que a empresa Raytheon transferiu a tecnologia de monitoramente da Amazônia ao Brasil. Além do controle do tráfego e da defesa de espaço aéreo, o Sivam também faz o monitoramento ambiental e meteorológico. Mais recentemente, a fundação fez uma cisão de sua atividade, criando uma empresa de tecnologia, que será a responsável pelas atividades da Copa.

Foto: Elza Fiúza/ ABr
Coronel reformado Oliva Neto, ex-chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos da Presidência, em foto de 2007: participação minoritária em empresa de Defesa


Além do irmão famoso do PT, Oliva Neto é filho do general reformado Oswaldo Muniz Oliva, ex-comandante da Escola Superior de Guerra (ESG) no fim dos anos 1980. A Penta presta atualmente consultorias ao setor privado, elaborando cenários nas áreas de Defesa e Segurança Nacional. Procuradas, as empresas não se manifestaram sobre a criação da companhia.







Pelo menos alguns empresários brasileiros estão se movendo em direção a este novo filão de negócios do Brasil, o setor de defesa militar.


Qualquer país do mundo que não tem uma indústria militar ou não investe em defesa militar esta condenado a viver sob as decisões de outros povos e nações, e finalmente o Brasil recomeça a investir neste setor de vital importância para a nação, e vemos que os empresários também se movem neste sentido.


Esperamos que este setor estratégico traga um grande numero de tecnologias e inovações, assim termos um futuro melhor para o nosso povo, sendo que estas tecnologias geradas serão cedo ou tarde distribuídas para os outros setores da indústria, da agricultura, da química e da medicina, sem contar o espaço... seguindo esta estrada termos sim um grande futuro, pois o nosso país não tem inimigos, e se estivermos bem armados termos a certeza que não teremos inimigos, pois ninguém vai ter coragem de nos atacar, dissuasão e inovação tecnológica, econômica e social, tudo em um único pacote, o de investimento na área militar!


Valeu!!
FRANCOORP
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