6 de set. de 2010

Inpe discute desenvolvimento de satélite franco-brasileiro

Mais uma parceria com a França, neste caso no setor espacial, e essa parceria poder ser mais uma vez muito positiva para o Brasil como são as demais parcerias no campo militar, de Ciência e Tecnologia e ainda no setor civil... o Desenvolvimento isolado do Brasil seria mais caro e difícil do que com parcerias estrangeiras, e parece que estamos escolhendo os países justos.


Abraços do Francoorp, Valeu!!



Uma equipe do Centro Nacional de Estudos Espaciais da França (Cnes) encontra-se no Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCT), de São José dos Campos (SP), para concluir a primeira fase de desenvolvimento de um satélite inovador de meteorologia, que será usado na medição de chuva e na coleta de dados sobre mudanças climáticas.
A proposta vislumbra a fabricação de um satélite franco-brasileiro para orbitar em regiões tropicais, como a Amazônia, permitindo o monitoramento mais freqüente e eficaz de precipitação sobre a floresta e fornecendo novos dados sobre o comportamento do clima.
“As reuniões com o Cnes são de extrema importância e podem ser um passo importante na concretização desta iniciativa do Inpe, de desenvolver um satélite que terá, sem dúvida, um papel crucial no acompanhamento do clima”, afirma Marco Antônio Chamon, coordenador de Gestão Tecnológica do Instituto.
Com lançamento previsto para 2016, o satélite em questão terá como base a plataforma multimissão (PMM), desenvolvida pelo Inpe, e levará um radiômetro – responsável pela mediação de chuva – a ser desenvolvido em conjunto pelos dois países. A proposta é fabricar um instrumento baseado no radiômetro francês Madras, com características mais avançadas, permitindo obter informações ainda não disponibilizadas pelos satélites atuais.
As discussões bilaterais para esta missão tiveram início em outubro de 2009 e devem culminar em um acordo após a aprovação, pelos órgãos governamentais competentes, de um relatório a ser divulgado em outubro próximo.
No Brasil, este relatório deve ser avaliado pela Agência Espacial Brasileira (AEB/MCT) e, na França, depende da aprovação de um comitê de avaliação de projetos do Cnes. Este acordo, que beneficiará toda a comunidade científica, é importante para ambos os países, tanto em termos de avanços tecnológicos quanto de desenvolvimento industrial.
As quatro etapas desta cooperação – projeto, fabricação, lançamento e operação -, assim como os custos da missão, devem ser divididos de forma igualitária, em proposta que está em discussão pelos dois países. A fabricação poderá ser compartilhada por empresas brasileiras e francesas, com uma parte do satélite sendo desenvolvida no Brasil e outra na França.
A proposta inicial é que a fase de integração e testes do satélite seja realizada no Inpe, que neste caso absorveria os custos relativos a esta etapa do desenvolvimento. O acordo no setor espacial proposto por Inpe e Cnes visa ainda reforçar os laços de cooperação internacional já existentes entre os dois países.
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